segunda-feira, 4 de julho de 2016

Desabamento


As letras desabam no papel que escrevo.

Vejo através da janela, as luzes da cidade
que tentam devorar o brilho das estrelas do céu.
E minhas mãos trêmulas desenham rabiscos
que devoram os meus medos passados para o papel.

Sinto-me mais leve. 

Escorre melancolia dos meus versos.
O que registro é responsável por salvar-me.
E a palavra que não escrevo,
terminará por criar-me.

Dalyla Peçanha





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