Fotografia: Leonardo Merçon
Esses teus olhos atemorizados refletem o alaranjado do rio morto.
Refletem o egoísmo e a ganância dos homens engravatados e insaciados
de poder.
Ah, pescador...
Se eles soubessem quão grande é a sua dor,
quão grande é o seu pavor
quão grande é o seu temor.
Ah, pescador...
Eles mal entendem que dinheiro não se come,
que os peixes não vivem fora d'agua,
que a família precisa ser sustentada.
Ah, pescador...
Sua alma grita num tom contínuo e estridente.
Quem dera se essa gente, aprendesse a cuidar.
O laranja do rio consegue ser mais vivo do que
essas pessoas que só pensam no existir.
Dalyla Peçanha
Ah, pescador, você é quem mais sofre, mais sente...
ResponderExcluirQue seus descendentes não cheguem a conhecer essa lama...
Parabéns, Dalyla! Lindo poema!
<3
ResponderExcluir