As gotas de chuva escorriam gradativamente
pelas folhas, e esperavam a luz difusa do
amanhecer.
Desciam pelo limbo, contornavam os galhos,
e caíam indubitavelmente na terra úmida e
amarronzada.
Se agonizavam entre os restos de folhas, frutos e
sementes.
Eram absorvidas e caminhavam por debaixo do solo.
Nenhuma claridade transpassaria pelos pequenos túneis.
Seriam absorvidas pelas raízes.
Fariam brotar novas folhas.
E as novas folhas receberiam novas gotículas,
que despencariam das nuvens num ritmo incessante.
Almejando evitar o seu lôbrego fim.
Dalyla Peçanha
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